Passados 21 dias do primeiro turno da maior eleição da história do Brasil, os brasileiros definem neste domingo, 27 de outubro, quem será o novo presidente da República. Também serão escolhidos os novos governadores em 13 Estados, além do Distrito Federal.

Os mais de 115 milhões de eleitores escolherão o sucessor do presidente Fernando Henrique Cardoso entre o petista Luiz Inácio Lula da Silva, um ex-torneiro mecânico que tenta chegar ao Planalto pela quarta vez consecutiva, e o senador José Serra (PSDB). A previsão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é de que até a meia-noite o nome do novo presidente já seja conhecido e que pelo menos 90% da apuração já esteja concluída.

Além de votar para presidente, no Rio Grande do Sul, os mais de 7 milhões de eleitores escolherão entre Germano Rigotto (PMDB) e Tarso Genro (PT) para substituir o governador Olívio Dutra (PT). Os gaúchos votarão em 23.672 seções, totalmente informatizadas.

Em Santa Catarina, o próximo governador será escolhido entre o atual governante, Esperidião Amin (PPB), e Luiz Henrique da Silveira (PMDB) por 3,8 milhões de eleitores, distribuídos em 11.920 seções eleitorais, nos 293 municípios do Estado.

Além de Rio Grande do Sul e Santa Catarina, também já disputa em segundo turno no Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Amapá, Roraima, Paraíba, Sergipe, Ceará, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.

O PT de Lula tem o maior número de finalistas no segundo turno nos Estados: oito petistas disputam uma vaga de governador. Os tucanos disputam o segundo turno em seis Estados. Quatro mulheres disputam esta segunda fase: Vilma Faria (PSB), no Rio Grande do Norte, Dalva Figueiredo (PT), no Amapá, Maria do Carmo (PT), no Pará, e Marisa Serrano (PSDB), em Mato Grosso do Sul.

Assim como no primeiro turno, eleição será totalmente informatizada. No Estados onde houver disputa regional, os eleitores precisarão dar apenas seis toques nas urnas eletrônicas. No dia 6 de outubro, para escolher governador, presidente, deputados e senadores, o eleitor precisou digitar 25 números, o que acabou causando demora. Desta vez, o procedimento será muito mais rápido, com tempo médio individual de voto estimado pela Justiça Eleitoral em apenas 30 segundos. Além disso, o processo de apuração também deverá ser concluído com maior rapidez.

O grande desafio deste segundo turno será diminuir as abstenções. No dia 6 de outubro, do total de 115.254.113 eleitores brasileiros, 20.473.568 não compareceram às urnas. Apesar do número ser menor do que o das eleições de 1998, quando 21,51% dos 106.101.067 eleitores registrados na época não votaram, o índice ainda representa uma grande falta de participação política dos brasileiros no processo eleitoral.

Ao final do processo, o Brasil terá investido mais de R$ 300 milhões para escolher os governantes e parlamentares que vão cuidar dos destinos políticos dos Estados e do país nos próximos quatro anos.

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