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 | 17/10/2002 09h54min

PSDB fica proibido de apoiar Luiz Henrique

Executiva nacional toma decisão que deve ser ignorada em SC

A executiva nacional do PSDB divulgou na quarta, dia 16, uma nota oficial proibindo o apoio dos tucanos catarinenses ao aliado Luiz Henrique da Silveira (PMDB), pelo fato deste ter apoiado explicitamente a candidatura do adversário de José Serra à Presidência, o petista Luiz Inácio Lula da Silva.

No entanto, nesta reta final de campanha ao governo de Santa Catarina, a decisão deverá ser ignorada pelos setores majoritários da executiva estadual. O senador eleito Leonel Pavan (PSDB) disse que achou muito estranha a deliberação e prometeu, diante dela, abandonar inclusive a coordenação da campanha Serra em Santa Catarina.

– O José Aníbal (presidente nacional) veio aqui para nos obrigar a coligar com o PMDB ou transformaria em pó o PSDB. Então aprovamos a coligação com 80% dos votos da convenção estadual. Agora eu vou cumprir esta decisão: estou com Serra e Luiz Henrique –, declarou.

Pavan classificou de traição a atitude do presidente estadual da sigla, deputado federal Vicente Caropreso, que reassumiu a sigla na terça feira, dia 15, durante reunião que deliberou pela manutenção do apoio a Luiz Henrique, e no dia seguinte foi a Brasília para cavar a proibição.

– Tem truta: fui informado de que ele disse lá que estávamos negociando cargos com Luiz Henrique. É um absurdo: temos uma aliança formal, com plano de governo compartilhado e o compromisso de parceria futura. –, disse Pavan.

O prefeito de Joinville, Marco Tebaldi (PSDB), disse que não há como abandonar o PMDB. Alegou que o grupo de Caropreso, Jorginho Mello, Paulo Cezar de Oliveira e Francisco Küster, que sempre foi contrário à coligação, foi acionado pela equipe de Amin para tentar reverter a derrota.

O secretário-geral da sigla, Jacó Anderle, ponderou que a deliberação será tratada de forma respeitosa, mas que acima dela está a instância superior que é a convenção estadual.

– Não devemos provocar a direção nacional, vamos evitar ao máximo manifestações ostensivas de apoio, mas vamos até o fim no cumprimento das convenções, com Serra e Luiz Henrique –, argumentou – Há cheiro de golpe eleitoral.

Caropreso não atendeu o telefone na quarta à noite.

Saiba mais sobre o pleito no Especial Eleições 2002

ADRIANA BALDISSARELLI / DIÁRIO CATARINENSE
 
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