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PT e PMDB abrem conversas no Estado

Cúpulas reúnem-se nesta quarta para discutir o segundo turno

PT e PMDB abrem oficialmente nesta quarta, dia 9, às 11h, as conversações com vistas ao segundo turno das eleições no Estado. A cúpula do PT, que inclui o terceiro colocado na disputa ao governo José Fritsch, a senadora eleita Ideli Salvatti e o presidente estadual da sigla, Milton Mendes de Oliveira, recebe o senador Casildo Maldaner (PMDB) para ouvir a proposta do comando de campanha de Luiz Henrique da Silveira ao governo do Estado.

Maldaner, que preside a comissão formada para ampliar o arco de alianças do PMDB e PSDB no segundo turno, preparou o terreno na quarta, dia 8, em contatos com o candidato a vice de Lula, senador José de Alencar (PL-MG) e com o presidente nacional do PT, José Dirceu.

José Fritsch, contudo, já adiantou que a decisão do partido só será tomada no próximo domingo, dia 13, na plenária Lula Presidente, que ocorre em Rio do Sul, com a presença de mais de 200 filiados, entre candidatos eleitos ou não, membros do diretório, prefeitos, vices, vereadores e deputados da sigla. No sábado, dia 12, Fritsch, Ideli e Milton participam de plenária nacional da campanha de Lula em São Paulo.

O ex-prefeito de Chapecó destacou que as prioridades da sigla são ampliar a votação de Lula no Estado, manter a unidade da sigla e avaliar a postura em relação ao segundo turno estadual.

O fato do PT ter marcado já para domingo a decisão sobre o segundo turno e a definição de agenda com Maldaner sinaliza que a cúpula estadual está sensível ao projeto do comando nacional da campanha Lula de abrir fissuras na campanha de José Serra. O PMDB já está longe do palanque do tucano em estados como o Paraná e o Maranhão.

Os petistas, entretanto, reconhecem as dificuldades de Luiz Henrique em abandonar a coligação nacional para subir no palanque de Lula, ao mesmo tempo em que precisa manter no projeto estadual de segundo turno tucanos como o senador eleito Leonel Pavan (PSDB). Para complicar, Pavan (que garantiu sua votação no palanque do PMDB) deve ser escolhido pelo comando nacional para cuidar da campanha de Serra no Estado.

Além do que, o PT não pretende colocar em risco os votos de eleitores de Amin para Lula.

• Confira outras informações no especial Eleições 2002

ADRIANA BALDISSARELLI / DIÁRIO CATARINENSE
 
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