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O candidato à Presidência da coligação liderada pelo PT, Luiz Inácio Lula da Silva, disse nesta segunda-feira, dia 30, estar convicto de que o país vai superar as dificuldades econômicas, dando a volta por cima, apostando no crescimento econômico e deixando de ser "chorão". Lula afirmou ainda que as turbulências no mercado financeiro ocorrem em momentos eleitorais de todos os países e reiterou que o presidente do Banco Central (BC) será um técnico, mas com conhecimento da pobreza.
– Temos clareza das dificuldades econômicas que vamos encontrar se ganharmos as eleições. Estamos convictos de que, se nós acreditássemos nas catástrofes que são anunciadas todos os dias no mundo, não teria porque estarmos disputando a Presidência da República, disse Lula em entrevista coletiva a 86 jornalistas da imprensa estrangeira em São Paulo.
O candidato petista disse que está disputando a corrida ao Planalto acreditando que o Brasil pode dar a volta por cima, de que há potencial de crescimento a ser explorado, com o fomento da pequena e média empresa, da agricultura, do turismo, das exportações.
– Voltar a crescer é a única saída para o Brasil resolver os problemas sociais gravíssimos internos, com geração de emprego e distribuição de renda, disse.
Lula, que, conforme indicam as pesquisas, pode vencer as eleições ainda no primeiro turno, acusou o governo atual de não gerenciar corretamente o país. Ele disse que se ganhar o pleino, não haverá um governo chorão na televisão reclamando dos Estados Unidos, da França, da Inglaterra, do mundo desenvolvido e se colocando como coitadinho na frente das câmeras.
– Nós não somos coitados. Nós somos um país grande, temos deficiência gerencial porque a elite brasileira não conhece o próprio Brasil, não mantém relação com o Brasil, não ouve empresários, trabalhadores, intelectuais. Vamos mudar o jeito de fazer política no Brasil, em primeiro lugar recuperando a auto-estima do nosso povo e aí o Brasil vai dar um salto de qualidade –, afirmou Lula, que estava acompanhado pelo vice na chapa, José Alencar (PL).
Aos que fazem terrorismo de mercado, Lula afirmou que se soubesse (quem são), mandava prender. Ele negou mais uma vez a presença de Armínio Fraga à frente do Banco Central (BC). Ele afirmou que terá boas relações com os Estados Unidos e, sobre a busca de relações igualitárias no âmbito da Área de Livre Comércio das Américas (Alca), disse que da mesma forma que os EUA são intransigentes na defesa de seus interesses, vamos ser intransigentes em defesa de nossos interesses.
Nesta segunda, o candidato ainda faz comícios em Florianópolis e em Porto Alegre. O comício final da campanha no primeiro turno será terça-feira em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, berço do PT, criado há 22 anos. As informações são da Agência Reuters.
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