| 25/09/2002 23h55min
O candidato pelo PSB à Presidência, Anthony Garotinho, manteve em entrevista nesta quarta-feira, 25 de setembro, ao Jornal Nacional da Rede Globo, suas promessas de apelo popular como o aumento do salário mínimo para R$ 280 e a recomposição dos salários do funcionalismo, apesar das críticas de que elas não podem ser cumpridas.
Garotinho, cuja candidatura ganhou surpreendente fôlego nas pesquisas de opinião às vésperas das eleições, gastou a primeira metade dos 10 minutos de entrevista para explicar suas propostas consideradas difíceis de serem postas em prática e rebater críticas às realizações de que tanto se vangloria durante sua gestão como governador do Rio de Janeiro.
Perguntado sobre os polêmicos números apresentados no horário eleitoral gratuito na quarta-feira sobre seu programa habitacional no Estado, Garotinho admitiu que a produção de seu programa eleitoral cometeu um equívoco ao mostrar que 500 mil pessoas teriam sido beneficiadas pelo projeto de casas populares.
– O déficit brasileiro é de 6,7 milhões de moradias. Você não quer que eu resolva em três anos um problema histórico do Rio de Janeiro – rebateu.
Mesmo assim, Garotinho disse que 300 mil pessoas teriam sido favorecidas pelo programa habitacional.
Garotinho também teve que explicar suas recentes críticas à atuação da Polícia do Rio, sob o comando de sua sucessora no governo, a petista Benedita da Silva, durante a rebelião de Bangu I, liderada este mês pelo traficante Fernandinho Beira-Mar.
– O que eu considero é que a Polícia do Rio, desde a posse do novo secretário de Segurança, perdeu o principio de autoridade. Tenho dito que o comportamento da equipe de segurança pública do Rio tem sido um comportamento que não condiz com a necessidade do Rio. Eu disse que aquilo foi um coroamento de uma política de segurança equivocada.
O candidato do PSB prometeu recompor os salários do funcionalismo público, mas não quis dar um prazo para fazê-lo. As informações são da agência Reuters.
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