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Pela primeira vez desde o início da campanha eleitoral, o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, admitiu a possibilidade de ganhar a eleição no primeiro turno.
– Se tiver segundo turno, com quem quer que seja, vamos continuar com a estratégia de mostrar ao povo as saídas que entendemos ser boas para o Brasil – disse Lula, em visita a Aracajú.
– Estou fazendo campanha para obter o maior número possível de votos em 6 de outubro – acrescentou, reforçando a idéia de que busca uma vitória no primeiro turno.
Ele não quis porém se estender sobre o assunto:
– Estou trabalhando para ganhar a eleição, não importa em qual turno.
Lula concedeu entrevista coletiva no aeroporto, onde desembarcou às 15h30. Em seguida liderou uma carreata que provocou engarrafamento nas ruas centrais da cidade. A visita de Lula à Aracajú, onde desde 1989 ele é o candidato mais votado nas eleições presidenciais, terminou com um comício que lotou a Praça Fausto Cardoso, no Centro Histórico.
A ida de Lula à Aracajú visou a estimular a militância e a campanha dos candidatos majoritários do PT no Estado. O candidato ao governo do Sergipe, senador José Eduardo Dutra (PT) está em segundo lugar nas pesquisas com 20% das intenções de voto. O candidato do PFL, o ex-governador João Alves, detém 48%.
Ao comentar a acusação do presidenciável José Serra (PSDB) de que o procurador da República, Luiz Francisco de Souza já foi filiado ao PT e age com interesses eleitorais ao oferecer denúncia contra o candidato tucano, Lula disse, na entrevista, que "quem não tem argumentos joga a culpa em cima dos outros".
O petista também considerou "impensável" que no novo milênio a elite ainda utilize o preconceito como arma para se mostrar melhor que outras pessoas. Ele se referia ao programa de Serra, que simula uma reunião de estadista e questiona a capacidade do petista para governar o país.
– Vou ensinar à elite brasileira como governar esse país – reagiu Lula, frisando que não será um presidente "solitário".
Segundo ele, todas as decisões importantes que tiver que tomar, serão feitas juntamente com "gente competente, assessores e trabalhadores".
– E quando viajar, e só vou viajar a trabalho, vou levar equipes de especialistas em cada ramo de atividade que vou discutir – disse ele.
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