O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, prometeu neste domingo, dia 15, reativar a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), se for eleito. A promessa foi feita durante rápida visita à cidade de Nanuque, no nordeste de Minas Gerais e uma das regiões mais pobres do Estado. Esta não é a primeira vez que o tucano se compromete em trazer de volta a extinta Sudene: ele assume o mesmo compromisso todas as vezes que visita áreas que eram beneficiadas pela superintendência. 

– Vamos refazer a Sudene em outras bases, muito mais fortes, muito mais eficientes – garantiu.

Sem citar nomes, ele aproveitou ainda para criticar o comportamento dos outros candidatos à Presidência que, segundo ele, vêem a região do Vale do Jequitinhonha, em Minas, de maneira negativa. 

– Não participo da idéia de ver esta região de maneira negativa, que é o que os outros candidatos têm apresentado – disse.

A visita de Serra a Nanuque, cidade com pouco mais de 34 mil eleitores, acabou se transformando em uma grande festa para o candidato do PSDB ao governo de Minas, Aécio Neves. Líder nas pesquisas de intenção de voto e com chances de vencer as eleições ainda no primeiro turno, Aécio foi a atração principal da carreata com cerca de 300 carros que tomou conta das ruas de Nanuque. Com o atraso de Serra para chegar a Nanuque, Aécio não teve dúvida: abandonou o aeroporto e partiu em carreata pelas ruas da cidade. 

– Vou indo e o Serra me encontra no meio do caminho – explicou Aécio Neves.

Ainda no domingo, Serra participou de caminhada organizada pelo governador Joaquim Roriz (PMDB) no eixo central de Brasília com a participação de milhares de militantes. A manifestação foi considerada maior até agora preparada para Serra. Ao final de um trecho de dois quilômetros, já em cima de um trio-elétrico, eles soltaram pombas brancas, numa alusão à necessidade de paz.

Durante o ato, Serra defendeu a transferência do traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, para Brasília. Serra acredita que somente assim, com o traficante fora do Rio, é que seria possível vencer a "inércia" do governo do Estado no combate ao tráfico de drogas.