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Esta terça-feira, 10 de setembro, deverá ser o dia mais importante do roteiro do ministro da Fazenda, Pedro Malan, na Europa. Ele quer pedir mais confiança na economia brasileira e tentar ampliar as linhas de crédito para as empresas nacionais. Em Londres, além de conversar com autoridades do Banco da Inglaterra, banqueiros e empresários britânicos, o ministro irá proferir uma palestra para dezenas de analistas na sede do Banco Central inglês. Malan certamente terá de entregar toda a sua munição de argumentos para convencer o céticos analistas da City londrina sobre os rumos da economia brasileira.
Enquanto Malan passa por Londres e nesta quarta por Paris, o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, terá encontros na Suíça, Holanda e Alemanha. Nesta segunda, Fraga estava na Basiléia participando de um encontro rotineiro entre presidentes de bancos centrais do Grupo dos 10 países mais industrializados. Outros representantes do governo brasileiro participarão de reuniões em Tóquio e Lisboa.
Durante a passagem por Madri, nesta segunda, Malan disse que já há sinais de que os créditos externos para as empresas brasileiras estão sendo gradualmente reativados. Munido de estudos elaborados pelo Banco Central (BC) que apontam a sustentabilidade do balanço de pagamentos do país e também com cópias de declarações dos candidatos à Presidência se comprometendo a manter alguns compromissos macroeconômicos, o ministro tentou tranqüilizar as autoridades, banqueiros e empresários espanhóis. Segundo o ministro, que viajou acompanhado do diretor da área externa do BC, Beny Parnes, o clima de incerteza entre os investidores internacionais é muito grande, mas não apenas em relação ao Brasil.
Segundo o ministro, as incertezas do mundo atual levam a uma postura conservadora por parte de muitos, principalmente aqueles que foram submetidos a perdas significativas. Malan não especificou, mas obviamente referiu-se aos espanhóis, que acumularam grandes prejuízos na Argentina. Mesmo assim, o ministro assegurou que a resposta dos representantes dos grandes bancos espanhóis – Santander e BBVA – alinha-se com a obtida na sede do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano).
Malan afirmou também que pôde confirmar que a confiança nas perspectivas da economia brasileira no médio e longo prazos continua inabalada durante o almoço mantido com os representantes de 10 empresas espanholas com grandes investimentos no Brasil, entre estas Telefónica, Iberdrola e Repsol. Já os banqueiros e empresários espanhóis evitaram falar abertamente sobre os encontros com Malan. O ministro da economia da Espanha, Rodrigo Rato, manifestou o seu voto de confiança no Brasil durante uma entrevista coletiva, após se reunir com Malan. Rato afirmou que o Brasil tem uma economia sólida e essa iniciativa do governo de vir aqui no Exterior oferecer explicações é muito importante.
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