| 05/09/2002 20h51min
Ataques ao candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, serão a arma usada por Anthony Garotinho (PSB) para subir nas pesquisas. A revelação foi feita nesta quinta-feira, 5 de setemro, pelo próprio ex-governador do Rio em sua passagem por Porto Alegre.
A agenda de Garotinho no Estado foi interrompida em razão da morte da irmã gêmea da mãe de sua mulher, Rosinha. Vilma Cava de Barros, 62 anos, sofria de granulomatose de Wegener, doença degenerativa que já matara a mãe de Rosinha, Vilmar, há cerca de 20 anos. Garotinho foi ao enterro, na cidade de Campos, e cancelou um comício em Esteio.
– O segundo turno se dará entre eu e o Lula – arriscou o candidato, que está em quarta colocação na disputa de acordo com a maioria das pesquisas.
E completou:
– As pesquisas que sairão na próxima semana, sobre as quais eu já tenho um indicativo, mostrarão a queda do candidato do governo e de Ciro Gomes e o meu crescimento.
Irônico e fugindo de perguntas sobre possíveis composições para o segundo turno, Garotinho não poupou Lula de críticas. Preferiu, porém, chamá-las de "verdades".
– Depois que Lula elogiou o comportamento dos governos militares, aceitou uma série de entendimentos com os banqueiros, foi elogiado pela Febraban, sentou-se com José Sarney e propôs encontro com Aureliano Chaves, fica parecendo que pode se tornar um Fernando Henrique depois de eleito – criticou.
Os ataques de Garotinho se estendem ao presidente Fernando Henrique Cardoso e servem de trampolim para insistir numa de suas principais promessas de campanha: o aumento do salário mínimo nacional para R$ 280. O candidato lembrou que a taxa média de juros do Brasil é três vezes à dos países emergentes, cerca de 10%. Segundo ele, baixando esse índice para 6% seria possível economizar R$ 24 bilhões.
– Para pagar um salário mínimo de R$ 280 e os benefícios, seriam necessários R$ 21 bilhões. Dá e sobra – calculou.
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