| 05/09/2002 18h45min
A Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB) voltou a acusar o governo nesta quinta-feira, dia 5, de estar usando a máquina administrativa para produzir "falsas notícias'' contra o presidenciável Ciro Gomes e seu candidato a vice, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho.
– Ministérios do governo federal, como o da Saúde, o do Trabalho e até a Corregedoria-Geral da União, passaram a ser usados como usinas de falsas notícias e verdadeiras calúnias contra nossos candidatos à Presidência da República, Ciro Gomes, e a vice, Paulo Pereira da Silva – disse a Frente em uma nota divulgada em seu site oficial.
A nota, assinada por Leonel Brizola, presidente do PDT, Roberto Freire, presidente do PPS, e o deputado Walfrido Mares Guia, representando o PTB, destaca as últimas decisões tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a favor do candidato José Serra (PMDB-PSDB).
–...surpreende-nos a frequência com que pedidos de direito de resposta do candidato do governo, José Serra, são deferidos e executados antes mesmo de as decisões transitarem em julgado – acrescenta a nota da Frente.
Na quarta-feira, dia 4, o TSE concedeu mais um minuto e meio de direito de resposta a Serra no programa de Ciro. Com mais essa decisão, Serra já ganhou um total de 3,5 minutos de direito de resposta. Dessa vez, ele questionou o fato de seu adversário ter dito, no programa eleitoral, que o programa do tucano estava "manipulando'' informações. Nesta semana, o TSE já havia atendido pedido dos advogados de Serra e determinado que Ciro retirasse a expressão "mas é tudo mentira'' usada para questionar a proposta de promoção de empregos de Serra.
Na noite de quarta-feira, a Frente Trabalhista também soltou uma nota, desta vez condenando a decisão da corregedoria-geral da União de apontar suspeitas de irregularidades nas contas da Força Sindical, entidade cujo presidente licenciado é Paulinho. Na segunda-feira à noite, a corregedora-geral da União Anadyr de Mendonça Rodrigues, divulgou uma nota que reprova a prestação de contas da Força Sindical em 2001, época em que era presidida por Paulinho.
As suspeitas da corregedoria dizem respeito a R$ 38 milhões recebidos pela Força do governo para treinamento de trabalhadores. A Força Sindical negou as irregularidades. A nota divulgada pela Frente nesta terça-feira também afirma que a decisão da corregedoria faz "parte de uma campanha sórdida contra uma das candidaturas à Presidência, a de Ciro Gomes.''
– Deploramos a postura parcial de uma funcionária pública que age com clara motivação partidária e eleitoral.
A Presidência da República ainda não se manifestou a respeito das declarações da Frente Trabalhista. As informações são da agência Reuters.
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