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Dois anos após sacudir as eleições municipais ao defender uma plataforma gay e posar seminu em dos principais pontos turísticos de Pelotas, o advogado José Antônio San Juan Cattaneo (PPB) lançou nesta quinta-feira, 29 de agosto, outra polêmica campanha eleitoral. Acompanhado de oito cavalarianos e dois travestis, portando bandeiras do movimento GLS, Cattaneo saiu de Pelotas rumo à Capital, na 1ª Cavalgada Eleitoral do Capitão Gay.
O grupo deve chegar a Porto Alegre na sexta-feira da próxima semana, depois de oito dias e 250 quilômetros percorridos a cavalo. Pilchado e montado na égua Penélope, Cattaneo ponteia a marcha, abraçado a um estandarte com as cores do arco-íris. Dois cavalarianos levam as bandeiras do Rio Grande do Sul e de Pelotas.
– Estamos carregando a tese e a antítese: o gaúcho macho e o homossexual. A cavalgada serve para denunciar essa hipocrisia social de que no Rio Grande do Sul só tem macho – justifica Cattaneo, que registrou no Tribunal Regional Eleitoral o apelido de Capitão Gay, personagem do humorista Jô Soares.
Na Capital, Cattaneo pretende participar das comemorações da Semana da Pátria e da Semana Farroupilha. Logo na chegada, promete amarrar a égua Penélope, enfeitada com uma fita multicolorida na orelha, no Monumento ao Expedicionário, no Parque Farrroupilha.
Cattaneo assegura que a cavalgada será o único evento de sua campanha eleitoral. Alegando falta de recursos para a contratação de militantes e a montagem de um comitê, ele depositou as economias na viagem.
Para o presidente do diretório estadual do PPB e candidato do partido ao governo do Estado, Celso Bernardi, a iniciativa de Cattaneo é uma estratégia de marketing. Bernardi diz que o PPB respeita as minorias, mas não considera o capitão gay um representante dos homossexuais.
– As propostas dele são esdrúxulas. Não fazemos nenhum veto à campanha, mas ele faz mais fanfarra do que política – avalia Bernardi.
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