Pelo menos 40% dos brasileiros apóiam o acordo firmado entre o Palácio do Planalto e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Esse foi o resultado da pesquisa do Instituto Datafolha, publicado neste domingo, 18 de agosto, pela Folha de S.Paulo. Dos entrevistados ainda, 35% declararam-se contra, 17% não souberam responder, e 7% se disseram indiferentes.

Os índices mais elevados de apoio ao acordo estão entre os entrevistados que pensam em votar em José Serra (PSDB), e em Ciro Gomes (PPS), justamente o candidato que teve a mais ambígua posição em relação ao empréstimo. Para os apoiadores do tucano, o índice de aprovação do acerto do governo com o FMI é de 48%, enquanto que para os de Ciro é de 47%. Os eleitores de Lula (PT) são os mais divididos: 39% são a favor, 39% são contra, enquanto 6% são indiferentes, e 15% não souberam responder.

Mesmo entendendo que o acordo deveria ser feito, a maioria dos consultados pelo Datafolha entende que o empréstimo trará mais prejuízos (44%) do que benefícios (36%). Com base nesses números, analistas afirmaram que a população considera que a ida ao Fundo era inevitável, mas que não representará a salvação do país.

Quanto maior a escolaridade, maior o índice de apoio ao acerto com o FMI: 50% entre os que têm nível superior, 42% entre quem tem Ensino Médio e 38% entre quem tem até o Ensino Fundamental.

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