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O presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu nesta segunda-feira, 13 de agosto, uma política de incentivo a exportações. Ele entende que para isso ocorrer deve haver uma mudança no modelo econômico. Segundo o candidato, o Brasil, com o potencial que tem, não pode depender da entrada do capital externo.
– O Brasil deve depender da sua própria força, da sua capacidade industrial, da sua agricultura, da capacidade de convencer o mundo de que é um país importante para o turismo – afirmou o candidato do PT, durante um evento promovido pela Folha de São Paulo.
Lula disse que a revisão de metas de exportação é uma necessidade, principalmente com aumento dos investimentos para os pequenos empresários.
– Precisamos redirecionar as prioridades de investimentos no Brasil. Nós achamos que o Brasil pode dar um salto de qualidade se a gente começar a investir na micro, pequena e média empresa. Acreditamos que o Brasil pode ter jeito se a gente acreditar na capacidade de exportação – afirmou o petista.
Lula cobrou que o atual governo faça alterações imediatas na política econômica. Após uma apresentação de 10 minutos sobre seu plano de governo, o candidato foi sabatinado, por quase duas horas, por jornalistas e pelo público que compareceu ao teatro de um shopping paulistano.
O candidato afirmou que a política de alianças que pretende implantar no início do seu eventual governo e que já teria começado com a aliança do seu partido com o PL será um projeto de construção de um "novo contrato social" no Brasil.
Para ele, o PT também amadureceu, "mas isso não significa que se aburguesou ou se acomodou". De acordo com Lula, o Brasil não precisa de administradores de empresa, "mas de um líder".
Lula exaltou-se ao responder às críticas feitas a ele pelo candidato da Frente Trabalhista, Ciro Gomes (PPS), que comparou a experiência administrativa dos dois candidatos.
– O que eu quero saber é se as pessoas que administraram uma cidade, que administraram um Estado, melhoraram os indicadores sociais. Falam muito que melhoraram as finanças, mas o problema do país não é só esse – disse.
O candidato voltou a defender a realização de uma ampla reforma agrária como condição para retomada da produção.
– O Brasil tem muita terra devoluta e também podemos desapropriar algumas áreas improdutivas – disse Lula.
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