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Brasil terá de enfrentar ambiente hostil em 2003

A crise norte-americana compõe o cenário de desafios para o Brasil em 2003. No próximo ano, a economia brasileira terá de buscar a recuperação em ambiente hostil, resultado da combinação entre escassez de crédito internacional e do vencimento de dívidas.

Além do compromisso de pagar US$ 26 bilhões em amortizações e US$ 15,4 bilhões já sacados do Fundo Monetário Internacional (FMI) este ano, há concentração de pagamento da dívida interna nos primeiros meses de 2003. De janeiro a abril, devem vencer R$ 60 bilhões em títulos.

O economista-chefe da RC Consultores, Alexandre Fischer, observa que o crédito deve continuar escasso para as empresas brasileiras devido ao ajuste dos resultados de companhias dos EUA. Com a correção das fraudes contábeis, lucros serão menores e, por isso, a oferta de crédito para o Brasil tende a se manter reduzida.

– Os bancos estrangeiros cortaram o crédito sem levar em conta a saúde financeira das empresas por receio de que o Banco Central não tivesse dólares suficientes para fazer a conversão para que empresas pagassem suas dívidas – diz Fischer.

O economista-chefe avalia que o Brasil tem de usar o fato de que o acordo com o Fundo melhora as expectativas em relação ao país para fazer mudanças concretas, principalmente a minirreforma tributária. É a mesma avaliação do economista Eduardo Gianetti, que considera inadiáveis as reformas tributária, previdenciária, trabalhista e a revisão do pacto federativo.

– A grande mensagem dessa crise é de que o caminho da acomodação do desequilíbrio do Estado pelo endividamento interno está esgotado – afirma.

Essas iniciativas, diz, permitiriam equilibrar as contas do país, desde que fosse cumprida a meta de superávit primário de 3,75% do PIB, com juro real (descontada a inflação) de 9% ao ano e crescimento anual entre 3,5% e 4%.


 
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