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O mercado financeiro continua aumentando, a cada semana, as previsões sobre o comportamento da inflação para este ano e para 2003, distanciando-se progressivamente da meta estabelecida pelo governo. Na última pesquisa feita pelo Banco Central entre instituições financeiras, divulgada nesta segunda, 5 de agosto, a média das projeções para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano subiu de 5,96% para 6%. A meta oficial tem como limite 5,5%.
Foi a sexta vez consecutiva em que o mercado aumentou sua expectiva para a imflação. A previsão para 2003 também subiu e passou de 4,35% para 4,40%. A estimativa para o IPCA de julho foi de 1,05% para 1,10%. Para agosto, no entanto, as projeção média para o índice, que é usado como referência para a política oficial de metas inflacionárias, manteve-se em 0,50%. A pesquisa é feita semanalmente pelo BC com um grupo de cem instituições financeiras e empresas de consultoria.
A instabilidade recente do mercado de câmbio também se refletiu na pesquisa. As projeções de mercado para a cotação do dólar, no final de 2002, subiram de R$ 2,60 para R$ 2,65. Para o final de 2003, a estimativa da taxa de câmbio foi também elevada de R$ 2,70 para R$ 2,73.
Piorou também expectativa para o crescimento da economia. Na média, a projeção mais recente prevê crescimento de 1,85% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2002, ante 1,93% na semana anterior. As previsões para 2003 também foram revisadas para baixo, de 3,50% para 3,45%.
As boas notícias ficaram para a balança comercial. O mercado, que na semana passada apostava num superávit de US$ 4,6 bilhões, acredita agora que o país conseguirá este ano um saldo positivo de US$ 5 bilhões. As projeções para 2003 também aumentaram, passando de US$ 5,50 bilhões para US$ 5,54 bilhões.
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