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O Besc faz nesta segunda-feira, dia 5, as primeiras demissões por meio do Plano de Dispensa Incentivada (PDI). As saídas ficarão restritas às seis regiões do Estado em que os sindicatos dos bancários aceitaram as regras do Plano.
Nas outras áreas, como a Grande Florianópolis, o PDI depende da Justiça. O banco deve recorrer ainda na segunda ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) para derrubar uma liminar que suspendeu o plano, disse no domingo, dia 4, o diretor de Planejamento do Besc, Pedro Goulart.
Cerca de 170 funcionários das regiões de Joinville, Brusque, Lages, Mafra, Canoinhas e Porto União deverão sair. A diretoria projetava aplicar o Plano a 1,5 mil trabalhadores, na primeira etapa, e aumentar a lista para 2,3 mil nomes, mas a Justiça barrou as demissões.
A pedido do Ministério Público, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) considerou ilegal a assinatura dos Acordos Coletivos de Trabalho (ACTs) sem aval dos sindicatos. Goulart assegurou que os advogados do banco passaram o final de semana montando a defesa para recorrer ainda na segunda.
A decisão do TRT foi o estopim de uma crise política entre os funcionários do Besc e o Sindicato dos Bancários da Grande Florianópolis. Vários trabalhadores ligaram ao Diário Catarinenese, preferindo não se identificar, e garantiram que haverá uma desfiliação em massa nos próximos dias.
Só na Grande Florianópolis são 1,5 mil associados, que pagam R$ 30 por mês. Eles alegam que o sindicato acionou o MP para colocar obstáculos ao PDI. Os trabalhadores devem se reunir na segunda, às 17h, em frente à Catedral, na Capital, para uma manifestação de repúdio à entidade. O presidente do sindicato, Rogério Fernandes Soares, confirmou no domingo que houve algumas desfiliações na sexta-feira e que a situação preocupa.
NÉIA PAVEI / DIÁRIO CATARINENSE© 2009 clicRBS.com.br ? Todos os direitos reservados.