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O movimento no comércio de Rivera, cidade uruguaia que faz fronteira com o município gaúcho de Santana do Livramento, foi muito fraco nesta quarta-feira, dia 31 de julho, devido as incertezas da economia do Uruguai.
Na porta dos bancos, nada mais além de uma folha de ofício com o aviso de feriado bancário impresso. Os bancos devem voltar a abrir somente na segunda-feira, informavam as rádios locais. Isso se o governo uruguaio conseguir mais um empréstimo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) no valor de US$ 800 milhões para alimentar os cofres públicos. Outros US$ 743 milhões já foram prometidos pelo FMI.
A situação deixou as ruas da cidade praticamente vazias, assim como a grande maioria dos estabelecimentos comerciais. Nas lojas do free-shop, era quase impossível encontrar alguém fazendo compras com a cotação do dólar superando a casa dos R$ 3,30. Alguns açougues preferiram nem abrir as portas para não correrem riscos de perderem dinheiro na conversão do Peso para o Real com a instabilidade dos últimos dois dias.
A situação já está refletindo nas lojas do lado brasileiro. Como mais da metade das vendas do comércio de Livramento depende dos uruguaios, os empresários da cidade estão atentos as decisões econômicas do país vizinho. Com a desvalorização do peso poderá haver uma fuga dos clientes uruguaios das lojas que causará muitas demissões no comércio santanense.
Nesta quarta-feira, alguns estabelecimentos chegaram a trabalhar com a cotação 12 pesos para cada real. Durante a tarde se estabilizou em $ 9,20. No início do ano, a conversão estava $ 5,50 pesos por R$ 1.
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