| 31/07/2002 12h14min
O mercado financeiro registrou pânico na manhã desta quarta-feira, 31 de julho, e a cotação do dólar comercial chegou ao recorde de R$ 3,575 na compra e R$ 3,585 na venda às 11h50min, segundo informações da Globo News. Por volta das 12h, a divisa norte-americana era negociada a R$ 3,500 para venda.
O Banco Central (BC) já vendeu seus US$ 50 milhões, que não tiveram nenhum efeito sobre as cotações, e teve de anunciar um leilão de linha externa no valor de US$ 100 milhões (a medida não provocou reação, já que a operação se destina à rolagem de outros US$ 300 milhões que vencem na sexta-feira). O BC ainda comprou C-Bonds por meio de algumas poucas instituições financeiras, reduzindo o risco-país brasileiro. Perto das 11h45min, o índice calculado pelo banco JP Morgan recuava 3,43%, em 2.308 pontos. Na terça, o indicador fechou em 2.390 pontos. Operadores afirmam que as empresas continuam comprando dólar a qualquer preço, porque não encontram crédito externo e precisam pagar dívidas.
Nesta terça, o dólar comercial fechou cotado a R$ 3,295 para compra e R$ 3,300 para venda, sétimo recorde consecutivo desde a implantação do Plano Real, em 1994. O valor corresponde a uma alta de 3,61% em relação ao fechamento do dia anterior.
Pouco antes do fim dos negócios nesta terça, o Banco Central (BC) anunciou que vai manter em agosto a política de intervenções diárias no câmbio cumprida em julho. O montante por dia continua sendo de US$ 50 milhões, quantia considerada pequena pelo mercado para melhorar a falta de dólares à venda. Para todo o mês, o BC reservou R$ 1,875 bilhão, mas diferente do que fez em julho, os dólares serão vendidos no mercado à vista. Do total, US$ 735 milhões serão usados na rolagem de linhas externas que vencem em agosto.
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