O dólar comercial fechou esta segunda-feira, 29 de julho, cotado a R$ 3,175 na compra e R$ 3,185 na venda – alta de 5,70% em relação ao último fechamento e sexto recorde consecutivo no Plano Real. O pico do dia ocorreu às 15h45min, quando a moeda era vendida a R$ 3,28. A desvalorização do real no mês chega a 11,45%.

O volume de negócios com o dólar no mercado interbancário foi de pouco mais de US$ 700 milhões, metade da média dos últimos dias. O mercado já apresentava uma frustração com a falta de um anúncio de acordo com o FMI e nesta segunda ainda teve de repercutir as declarações do secretário do Tesouro americano, Paul O'Neill, que defendeu restrições a nova ajuda ao Brasil.

O Banco Central confirmou que interveio no mercado de câmbio nesta segunda-feira. De acordo com as informações dadas pelo diretor de Política Monetária do Banco Central, Luiz Fernando Figueiredo, no início deste mês, as chamadas "rações diárias" seriam lançadas no mercado durante este mês por meio de leilões de linha externa – quando a autoridade monetária empresta dólares ao mercado – e também com a venda direta da moeda norte-americana. O prazo dado por Figueiredo se encerra nesta quarta-feira, quando acaba o mês. O Banco Central ainda não informou se no próximo mês irá manter a irrigação diária de dólares no mercado

O objetivo da operação é reduzir a quantidade de reais nos bancos e aumentar a liquidez em dólares. No início do mês, quando anunciou a retomada das intervenções diárias no mercado de câmbio, o Banco Central informou que iria vender diariamente US$ 100 milhões nos primeiros três dias. Depois, as vendas passariam a ser de US$ 50 milhões diariamente.