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Mais clareza e menos milagres. Esse foi o conselho dado nesta sexta-feira, 26 de julho, pelo presidente Fernando Henrique Cardoso aos candidatos a sua sucessão, depois de participar da abertura da 2ª Reunião de Presidentes da América do Sul, em Guayaquil, no Equador. FH comentou que é preciso mostrar a viabilidade de propostas para resolver os problemas sociais e aumentar as exportações do país " assuntos recorrentes nos programas e na retórica dos candidatos. Para o presidente, porém, propostas desconectadas da realidade podem ter efeito inverso.
Indagado sobre a que tipo de promessas e milagres estava se referindo – se na área econômica ou social –, FH evitou aprofundar o tema. O presidente afirmou que não gostaria de entrar em discussão dessa natureza Exterior.
Com a experiência de quem venceu duas eleições no primeiro turno, mas sendo freqüentemente lembrado pelos opositores das promessas não cumpridas, como a questão da segurança, o presidente comentou que o Brasil tem hoje credibilidade. Daí a importância de se fazer o que se promete.
FH criticou o comportamento dos mercados financeiros, que chamou de "precipitados", e condenou a desconfiança em relação ao futuro da economia brasileira por conta das eleições presidenciais. Lamentou a falta de mecanismos internacionais para deter a ação dos mercados e voltou a condenar o protecionismo dos países desenvolvidos.
Em um dia que começou com o dólar já cotado acima de R$ 3, o presidente lembrou que tanto em seus quase oito anos no Palácio do Planalto quanto no período em que foi ministro da Fazenda de Itamar Franco, o governo tem trilhado o caminho do ajuste fiscal dos superávits primários e do pagamento de dívidas. Para ele, a alta do dólar está ligada à especulação ou a motivos de ordem psicológica.
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