| 23/07/2002 18h59min
Indícios de irregularidades na Câmara de Vereadores de Erechim, no norte do Estado, determinaram o afastamento de dois funcionários ligados à direção-geral. Despesas não comprovadas, ocorridas em dezembro de 2001, detectadas depois de uma auditoria de rotina das contas da casa, realizada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), motivaram o desligamento dos funcionários.
Nesta terça-feira, dia 23, o presidente do Legislativo, João Rosalino Brisotto (PDT), preferiu manter o nome dos envolvidos e o valor dos gastos não comprovados em sigilo. De acordo com o coordenador do TCE em Erechim, Léo Richter, em oito operações feitas em dezembro, entre compra de materiais e prestação de serviços, não havia documentos que compravassem o negócio efetuado. A irregularidade motivou o órgão a realizar auditorias das contas de 1999, 2000 e 2001. Uma sindicância interna formada por uma comissão de não-vereadores foi criada em maio, na casa, atendendo à solicitação do TCE.
Um dos afastados é o diretor-geral da Câmara, Carlos Michelin, que deverá ser exonerado após cumprir uma licença de saúde. Michelin era cargo de confiança antigo da casa. O outro, é uma mulher, concursada, que foi reconduzida ao quadro de funcionários da prefeitura.
Extra-oficialmente, estima-se que o montante dos valores sem destino comprovado seja de mais de R$ 50 mil. O Ministério Público vai instaurar inquérito para investigar o fato, independente das conclusões da sindicância, de acordo com o promotor Diego Rosito de Vilas.
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