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O presidente nacional do PT, deputado federal José Dirceu (SP), disse, ao expor o ponto de vista do partido sobre a situação do Brasil para banqueiros e analistas em Wall Street, Nova York, que uma mudança de governo no Brasil não significará rompimento de contratos, mas trará mudanças na política econômica. Ele manteve encontros ontem com o economista-chefe do JP Morgan, John Lipski, com o vice-presidente do Citigroup, Stanley Fischer, e com analistas da agência de rating Standard & Poor’s.
– Expus a eles a nossa visão de que o país precisa mudar de governo para crescer, e que a única maneira de se enfrentar a situação atual é voltar a crescer – afirmou Dirceu.
O deputado disse que também defendeu o ponto de vista do PT de que o Brasil é viável:
– É um erro não apostarem no Brasil. Deviam aumentar os investimentos no país, que oferece oportunidades para o capital externo.
Dirceu teria dito que é necessário reduzir o protecionismo em todo o mundo. Mas não falou sobre a possibilidade de um acordo de transição com o Fundo Monetário Internacional (FMI). O tema teria sido tratado pelo presidente do Banco Central, Armínio Fraga, em visita aos Estados Unidos na semana passada:
– O próprio governo nos informou de que não está propondo nenhum acordo desse tipo.
Dirceu distribuiu cópias da Carta ao Povo Brasileiro, divulgada em junho pelo candidato do partido, Luiz Inácio Lula da Silva, a seus interlocutores. Sobre o encontro previsto para esta quinta-feira, dia 18, entre Armínio e o deputado federal Aloizio Mercadante (SP), da equipe econômica do PT, Dirceu disse:
– O Mercadante e eu temos reafirmado que vamos fazer aquilo que for possível para ajudar. Só não podem nos pedir que mudemos.
Conforme Dirceu, Lula teria assumido o compromisso de ajudar o Brasil a evitar o estrangulamento externo.
– Mas nós vamos mudar a atual política econômica, pois foi ela que levou a esse estrangulamento e ao endividamento – disse o deputado.
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