O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) começa a convocar, até o final deste mês de julho, os eleitores que irão trabalhar nas eleições de outubro. Ao todo serão chamadas 75.245 pessoas, que irão coordenar os trabalhos nas 13.662 seções eleitorais espalhadas por todo o Estado. Somente em Florianópolis, 3.564 mesários serão distribuídos entre 595 seções. A triagem, que define quem vai ter de trabalhar no dia do pleito eleitoral, já está na fase final.

– A prioridade é convocar servidores públicos. Só nos casos em que faltar gente é que iremos convocar eleitores da própria seção – informou o chefe da 13ª Zona Eleitoral, José Antônio Dutra Povoas.

Segundo ele, dos seis membros que irão compor as mesas de votação, apenas dois - presidente e primeiro mesário - serão treinados pelos servidores dos cartórios eleitorais e por 412 técnicos contratados pelo TRE. O treinamento será realizado entre os dias 18 de setembro e 2 de outubro, nos cartórios eleitorais de todo o Estado. Durante as aulas práticas e teóricas, os presidentes de mesa e mesários aprenderão noções básicas de legislação eleitoral, conhecerão todos os procedimentos que terão de ser executados no dia da eleição, e aprenderão a operar a urna eletrônica e o terminal que libera o uso da máquina pelos eleitores.

– Todos esses conhecimentos serão repassados aos demais membros da equipe por aqueles que participarem do treinamento – esclareceu Póvoas.

A partir de agosto, o TRE também vai ampliar a divulgação do uso da urna eletrônica entre os eleitores catarinenses. Durante o trabalho, que será realizado nos finais de semana por 373 estagiários, o Tribunal pretende incentivar o uso da “cola” - papel com os números dos seis candidatos - entre os eleitores. Com base nas simulações feitas por eleitores na urna eletrônica disponível no TRE, o chefe da 13ª Zona Eleitoral diz que a principal preocupação é com o voto nos candidatos ao Senado.

– Essa é a principal novidade desta eleição e tem causado dificuldade para os eleitores, que terão que votar em dois candidatos a senador – comenta Povoas.

Pela lei eleitoral, quem trabalha no dia da eleição tem direito a dois dias de folga. Os trabalhadores da iniciativa privada nem sempre conseguem, porém, exercer o direito.

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RICARDO RIEVERS / DIÁRIO CATARINENSE