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O candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta sexta-feira, 12 de julho, estar disposto, se eleito, a renegociar as dívidas que Estados e municípios têm firmadas com a União. Ele disse que a manutenção do superávit primário não ficaria comprometida, pois perdas com eventuais renegociações seriam compensadas com aumento de arrecadação e crescimento econômico.
Lula abriu ainda a possibilidade de reavaliar, caso a caso, dispositivos da Lei de Responsabilidade Fiscal, que limitam gastos públicos de grandes metrópoles para que os prefeitos possam investir em áreas sociais. As afirmações foram feitas durante encontro da Frente Nacional de Prefeitos, em Vitória, no Espírito Santo. Pouco depois, em entrevista coletiva, Lula voltou a comentar o assunto. Disse que teria disposição de negociar com prefeitos, com governadores, com todo mundo.
Para Lula, é preciso parar com o "pessimismo de achar que as coisas não dão certo, que são imutáveis, que não podem ser diferentes." Segundo o petista, o corte de gastos, modelo do atual governo, não é a única fórmula para se obter o superávit primário.
O presidenciável criticou o fato de o presidente Fernando Henrique Cardoso ter interferido na questão da intervenção do Espírito Santo. Lula disse que o pedido de intervenção, motivado pela suposta ligação do crime organizado com o governo capixaba, deveria ter sido analisado pelo Supremo Tribunal Federal antes de ser arquivado.
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