| 11/07/2002 07h42min
Durante sua visita ao Rio Grande do Sul, o candidato à Presidência do PSB, Anthony Garotinho, deixou evidente sua nova estratégia: bater em Ciro Gomes. O candidato da Frente Trabalhista (PPS–PTB–PDT) foi o que mais subiu nas últimas pesquisas e está tecnicamente empatado em segundo lugar com José Serra (PSDB-PMDB).
Em todas as entrevistas que deu na quarta-feira, dia 10, em Passo Fundo e em Gravataí, Garotinho aproveitou para alfinetar Ciro. Suas principais críticas foram sobre a proposta apresentada pelo candidato do PPS no Jornal Nacional, da TV Globo, na segunda-feira, de alongar o prazo de pagamento da dívida interna do país, concedendo benefícios diferenciados aos que mantiverem o dinheiro retido por um determinado período.
Garotinho chegou a associar o projeto de Ciro ao que fez o ex-presidente Fernando Collor em março de 1990, ao confiscar os recursos que os brasileiros mantinham aplicados em cadernetas de poupança.
– Fiquei espantado quando ouvi isso. Nenhum brasileiro quer passar pelo confisco da poupança de novo – comparou.
Garotinho também previu que Ciro deve perder muitos votos já na próxima pesquisa devido à sua aproximação com caciques do PFL, como Jorge Bornhausen.
Ciro, utilizando o estilo consagrado por seu crítico, adaptou palavras de Jesus Cristo para responder ao candidato do PSB.
– Viro a outra face e digo: Senhor, perdoe-o. Ele não sabe o que está dizendo – afirmou.
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