| 09/07/2002 09h01min
A criação de um imposto sobre produtos supérfluos – como cosméticos, carros de passeio, bebidas e cigarros – foi proposta na noite de segunda-feira, dia 8, pelo candidato da Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB), Ciro Gomes, durante entrevista ao Jornal Nacional.
Em contrapartida, Ciro disse que, se for eleito, não pretende cobrar impostos sobre a cesta básica, os aluguéis e uma lista de medicamentos. O presidenciável destacou que o Brasil precisa "tomar o rumo certo" – numa referência ao bordão do candidato José Serra (PSDB) de que é preciso "manter o rumo" – e citou como estratégias a recuperação da soberania nacional para evitar ataques especulativos e o combate à miséria.
O ex-ministro da Fazenda foi o primeiro dos quatro principais candidatos à Presidência a ser entrevistado na Rede Globo. Conforme a ordem das aparições, definida por sorteio, na noite desta terça-feira, dia 9, será a vez de Anthony Garotinho, do PSB.
O candidato Frente Trabalhista garantiu que, se for eleito, vai tentar aumentar os prazos de vencimento da dívida pública sem a quebra de contratos. Ele negou que fará uma renegociação da dívida. Segundo Ciro, o alongamento da dívida deve ser feito de maneira gradual, sem imposição dos prazos de vencimento
– Todos os brasileiros podem ficar sossegados que, se tocar a mim o privilégio de ser o presidente, não haverá quebra de contrato, não haverá imposição unilateral de nada – afirmou.
Ciro também defendeu reformulação do modelo tributário e modificação do refinanciamento da Previdência. O candidato encerrou a sua entrevista dizendo que as três palavras de ordem do seu governo são: crescimento, distribuição de renda e moralização.
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