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Nesta sexta, dia 5 de julho, os presidentes do países sócios do Mercado Comum do Sul (Mercosul) se encontram em Buenos Aires para tentar reativar o bloco comercial. O presidente do México, Vicente Fox, assinará com o Mercosul um acordo que permitirá aos Estados membros do bloco regional firmar acordos de complementação econômica com o governo mexicano, com vistas a uma futura área de livre comércio.
Fox assinou com o presidente Eduardo Duhalde, nessa quinta, dia 4, acordo comercial que permitirá à Argentina ampliar suas exportações de automóveis para o México, de 19 mil para 50 mil. Segundo ele, os acordos bilaterais na região são necessários para que a América Latina tenha “uma só voz e um só propósito” nas negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca).
Na quinta, os países do Mercosul concordaram em buscar juntos ajuda de organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Mundial para a região enfrentar a atual crise econômica.
Comunicado divulgado após reunião – que incluiu representantes de Chile e Bolívia –, confirmou a concordância em “reiterar a importância da assistência das instituições multilaterais aos países da região” para “enfrentar situações conjunturais adversas”.
Fernando Henrique Cardoso, assumiu na noite de quinta a presidência temporária do Mercosul pelos próximos seis meses, e pode fechar hoje com seu colega Duhalde o novo acordo automotivo Brasil-Argentina. Os automóveis são um dos principais produtos do comércio com a Argentina, mas o volume negociado vem diminuindo mês a mês devido à crise do país vizinho. O que parece certo é que um de cada cinco veículos exportados pelas montadoras brasileiras a partir do próximo ano deverá ser enviado para o México. O país, maior comprador de veículos de passeio brasileiros desde janeiro, deverá elevar sua participação nas exportações do setor automotivo do Brasil de 16% para 20%, segundo expectativas da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
O acordo entre Brasil e México, a ser formalizado em Buenos Aires, prevê cota recíproca de 140 mil automóveis e comerciais leves com tarifa de importação de 1,1% no primeiro ano de vigência. No segundo ano, a tarifa será zerada, com cota de 165 mil, subindo ano a ano até chegar ao livre comércio.
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