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A equipe econômica vai aumentar a meta para a inflação do ano que vem. Isso dará um pouco mais de folga ao sucessor do presidente Fernando Henrique Cardoso e abrirá espaço para que o Banco Central (BC) possa reduzir a taxa básica de juros ainda este ano. Hoje, a meta para a inflação medida pelo IPCA em 2003 é de 3,25%, com tolerância de dois pontos percentuais. Ou seja, pode ir a 5,25% no ano.
O novo percentual, em discussão no governo, deve ser decidido na reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN) marcada para esta quinta-feira, dia 27, quando será anunciada a meta para 2004. Segundo membros da equipe econômica, ao definir a meta para 2004, o CMN terá que discutir a trajetória da inflação até lá. A conclusão dos técnicos é de que será preciso incorporar nas projeções os choques recentes de alguns preços, como os de derivados de petróleo e tarifas públicas, já que a meta de 3,25% foi estabelecida em junho do ano passado.
Ao atualizar os cálculos, o índice para a inflação de 2003 terá de ser maior. Com meta maior para a 2003, o BC ganha margem para reduzir as taxas de juros neste ano. O impacto de mudanças nos juros demora cerca de quatro meses para ser totalmente assimilado pela economia e, por isso, havia a preocupação de que uma queda nas taxas a partir de agosto pudesse comprometer o cumprimento da meta de inflação de 2003. Com isso, as taxas de juros poderão cair mais rapidamente.
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