| 25/06/2002 10h15min
A terceira semana seguida de turbulência econômica alterou para pior o humor das instituições financeiras e empresas de consultoria em relação aos principais indicadores da economia para 2002. De acordo com a pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) na semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) decidiu pela manutenção da taxa básica de juros em 18,5%, as projeções de mercado para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2002 aumentaram de 5,46% para 5,5% – o teto máximo da meta estabelecida pelo governo.
Mesmo com a manutenção da taxa de juros pelo quarto mês consecutivo, o mercado aposta que o governo vai reduzir os juros até dezembro. As estimativas do mercado para a taxa Selic no fim de 2002 ficaram estáveis em 17% ao ano e para o fim de 2003 também ficaram inalteradas, em 15% ao ano. As projeções do superávit da balança comercial em 2002 caíram de US$ 4,27 bilhões para US$ 4,20 bilhões. As estimativas de superávit comercial para 2003 ficaram estáveis no mesmo levantamento em US$ 5 bilhões.
Para o mercado, os investimentos diretos estrangeiros em 2002 recuarão de US$ 17,58 bilhões para US$ 17,50 bilhões, mas em 2003, entretanto, devem ficar estáveis em US$ 18 bilhões. As instituições ouvidas pelo BC não alteraram o crescimento da economia em 2002 e 2003, cujas projeções ficaram estáveis em 2,20% e 3,5%, respectivamente. O mesmo ocorreu em relação ao déficit em conta corrente em 2002 e 2003, que permaneceu em US$ 20,5 bilhões e US$ 20 bilhões, respectivamente.
As projeções para 2003 do superávit primário do setor público subiram para 3,30% do PIB, mas as para 2002, por enquanto, ficaram estáveis em 3,50% do PIB. A estimativa para a taxa de câmbio no fim de 2002 aumentou de R$ 2,50 para R$ 2,52.
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