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O Brasil está no centro das preocupações internacionais com a América Latina e deslocou a crise argentina para segundo plano, disseram nessa segunda, dia 24, fontes bancárias da Alemanha, antes de reunião da Comissão Bilateral Germano-Brasileira, em Hamburgo. O tema da crise não estava na agenda da reunião, da qual participa o subsecretário de Relações Exteriores de Brasil, Osmar Chohfi, mas a situação econômica brasileira e os efeitos indiretos da crise argentina serão analisados até hoje com a participação de representantes governamentais e empresariais dos dois países.
A demissão do presidente do Banco Central da Argentina, Mario Blejer, foi “um mau sinal vindo da Argentina”, comentaram analistas dos principais bancos comerciais alemães, entre os quais o Dresdner Bank e o Hypo-Vereinsbank da Baviera. Internamente, os bancos alemães levantaram as prováveis conseqüências da continuidade da crise argentina e seus efeitos negativos sobre os maiores países latino-americanos, disseram as fontes.
– A fragilidade apresentada pelo Brasil nas últimas semanas não se deve apenas à crise argentina, embora em parte e indiretamente seja devido a ela – disse Günter Koehne, do Dresdner Bank. – Os problemas do Brasil passaram agora ao primeiro plano de interesse internacional e levaram ao segundo plano os da Argentina – afirmou um especialista alemão.
Para os analistas, a crise brasileira tem três aspectos: a longo prazo, os problemas estruturais não-resolvidos, como os relacionados a seu altamente deficitário sistema de previdência, a médio prazo, o alto endividamento, que se torna preocupação de curto prazo, e a curto prazo em decorrência das incertezas eleitorais.
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