Lideranças tucanas de Santa Catarina recepcionam na tarde desta segunda-feira, dia 24, o presidente nacional do PSDB, José Aníbal, que virá ao Estado para reafirmar a aliança com o PMDB. Aníbal também deve aplacar as especulações de que tucanos descontentes podem migrar de volta para a coligação Mais Santa Catarina, encabeçada pelo governador Esperidião Amin (PPB). O presidente estadual, Vicente Caropreso, deve entregar a Aníbal o documento recebido do PPB na sexta-feira à tarde, cuja proposta é uma das vagas ao Senado.

Mas, apesar do evidente descontentamento de alguns pela aliança com o PMDB, é voz corrente que a oferta do PPB veio tarde demais e não deve ter reflexos positivos. O pré-candidato ao Senado e ex-prefeito de Balneário Camboriú, Leonel Pavan, diz que "é hora de afinar o bico, abrir as asas e lançar-se na campanha", em claro sinal que absorveu a deliberação nacional. Diferente de outros líderes como o deputado estadual Jorginho Melo e Caropreso, que preferiam continuar abraçados ao governador.

Neste domingo, Melo afirmou, que "a coisa tá meio complicada", quando questionado sobre a reunião de hoje e a oferta do PPB. Disse também que Caropreso era quem estaria coordenando o evento, em claro sinal de que prefere manter-se calado. A exemplo do que vem fazendo nos últimos dias, Caropreso também evita dar declarações.

A tentativa de reconciliação do PPB com os tucanos, apesar de estar atrasada em quase duas semanas, desperta muitas dúvidas. A principal delas é de onde sairia a vaga ao Senado e quem estaria disposto a abrir mão da disputa, já que são duas vagas para, pelo menos, quatro candidatos: Hugo Biehl pelo PPB e o atual vice-governador Paulo Bauer, o senador Geraldo Althoff e o deputado estadual Paulo Bornhausen pelo PFL. No ninho tucano, lideranças consideram o convite mais como um agrado da executiva progressista ao governador Amin - que exigiu do partido uma atitude para resgatar o PSDB das garras peemedebistas - do que uma proposta que poderia ser viabilizada de fato.