A polarização entre os candidatos Tarso Genro (PT) e Antônio Britto (PPS), apontada pelas pesquisas de intenção de voto, é considerada prejudicial à recuperação do Estado pelo candidato do PMDB, Germano Rigotto. Em reunião-almoço na Federação das Associações Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), Rigotto disse que a bipolarização está mostrando uma candidatura refém da ala mais radical de um partido e outra com um discurso antipetista como o caminho para tudo.

– Não adianta personalismo, semi-deuses, candidatos acima do bem e do mal – disse o candidato do PMDB.

A uma platéia formada por empresários, deputados e prefeitos do PMDB e outros dois postulantes ao Piratini – Celso Bernardi (PPB) e José Fortunati (PDT) –, a quem fez elogios, Rigotto disse ser necessário agregar sociedade e governo em um projeto de recuperação do Estado. Rigotto disse ser necessário despartidarizar a Brigada Militar e o ensino público, além de prometer, se eleito, revisar as 40 mil contratações feitas pelo atual governo.

O candidato afirmou que, se eleito, firmará um pacto com servidores, professores e brigadianos. Ao falar sobre a participação na discussão de um projeto de reforma tributária que reduza a carga fiscal, Rigotto empolgou os participantes.

– Discordamos da atual política do governo federal na área tributária, e como governador pretendo unir-me a outros chefes de Executivos estaduais para cobrar uma rápida implementação dessa reforma, possibilitando mais fôlego para que se retome os investimentos necessários – disse.

O presidente da entidade, Paulo Feijó, criticou a excessiva carga tributária do Estado, que considerou numa situação “péssima” em razão da redução de gastos em investimentos. Rigotto disse ainda que o Rio Grande do Sul só terá mais justiça, paz e segurança se houver a retomada do crescimento, mas com projetos para as microrregiões.