Se para Pelé o time brasileiro da Copa do Mundo de 1970 ganharia da atual Seleção caso fosse disputada uma partida, fora de campo a história é um pouco diferente. Comparando os currículos das duas gerações, os jogadores atuais têm um desempenho bem superior ao dos atletas da geração de Pelé.

É claro que é preciso levar em consideração que atualmente se disputam mais jogos e torneios do que antigamente. O maior exemplo é o atacante Ronaldo, se comparado ao próprio Pelé. O Rei fez 1.284 gols na carreira, enquanto Ronaldo tem cerca de 500 até o momento.

Mas o Fenômeno, com três gols na Alemanha, pode se tornar o maior artilheiro da história das Copas (com um gol já se tornará o brasileiro com mais gols). Os dois empatam em conquistas se Ronaldo for campeão esse ano (Pelé foi tri, em 1958, 1962 e 1970, contra dois do atual atacante – 1994 e 2002).

Na comparação em relação à experiência, os atuais jogadores são bem mais “rodados”: Félix, Carlos Alberto, Brito, Piazza, Everaldo, Clodoaldo e Rivellino chegaram ao Mundial do México para disputar seu primeiro torneio, enquanto que na geração atual apenas Juan e Adriano se encontram nessa condição. A maioria do time de  2006 está no mínimo em sua segunda Copa e já carrega um título mundial no currículo, ganho em 2002. Em 1970, apenas Pelé tinha essa marca (era bicampeão).

Os jogadores da geração de 1970 tinham também poucos títulos e  todos praticamente de torneios no Brasil (como os Estaduais e Regionais. Exemplos: Rivellino, um Rio-São Paulo, Carlos Alberto era pentacampeão estadual, etc.). A diferença é que os atuais tem títulos em torneios europeus e continentais (quase todos ganharam a Copa América e a Copa das Confederações).

Uma vantagem para a seleção daquela Copa é o entrosamento. Considerando o time ideal, eles jogaram juntos em nove partidas, contra apenas duas do atual. A maior vitória da seleção do Tri foi por 6 a 2 sobre a Colômbia, nas Eliminatórias, e a do atual foi justamente na última partida: 8 a 0 sobre o Lucerna, da Suíça.

Agência Estado