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O Banco Central (BC) vai retirar do mercado R$ 6,5 bilhões com a decisão tomada nesta sexta-feira, 14 de junho, de elevar de 10% para 15% a alíquota do compulsório sobre os depósitos a prazo. Segundo o chefe do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos do BC, José Antônio Maciano, o aumento do compulsório sobre esses depósitos tem como objetivo reter a liquidez do mercado, que poderia ser aplicada em ações especulativas.
A nova alíquota passará a valer a partir de 21 de junho, quando será feito o recolhimento do compulsório relativo ao período de 10 a 14 deste mês. O compulsório é a parte dos recursos aplicados em depósitos à vista e a prazo que ficam retidos no BC, por determinação do mesmo.
Maciano acrescentou que o compulsório será feito em títulos públicos vinculados à taxa de juros básico, a Selic. Com isso, ele acredita no incremento da demanda por títulos públicos. De acordo com Maciano, a alteração do compulsório pode encarecer o crédito para o tomador, já que os bancos terão menos dinheiro disponível. A alíquota de 10% do compulsório sobre depósitos a prazo estava em vigor desde outubro de 2001.
Apesar da medida que reduz a liquidez das institutições financeiras, que poderia acarretar em menor especulação no mercado, e da venda de US$ 25 milhões na manhã desta sexta, o BC não conseguiu conter a alta do dólar. Nesta manhã, a moeda fechou cotada a R$ 2,766. Ontem, a moeda norte-americana valia R$ 2,708 na compra e R$ 2,710 na venda, uma queda de 3,04% em relação ao dia anterior.
Nesta sexta, a taxa de risco-país do Brasil voltou a subir também, chegando aos 1.265 pontos. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em baixa de 2,4%.
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