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 | 24/05/2006 10h14min

Lucros com a Copa são abaixo dos esperado na Alemanha

As expectativas de lucros comerciais elevados durante a Copa da Alemanha parecem diminuir à medida que se aproxima a data do começo do campeonato, no dia 9 de junho.

Entre os céticos, está o Instituto Alemão de Pesquisa Econômica, que em um estudo recente observa que o evento apenas terá repercussões econômicas dignas de menção.

O instituto admite que a Copa do Mundo incentivará a venda de artigos esportivos, de aparelhos eletrônicos, como televisores de tela plana, mas não prevê que o consumo privado aumente.

Os analistas também advertem que a atração dos torcedores estrangeiros impede que outros turistas viajem para a Alemanha ao mesmo tempo, pelos problemas que causa um espetáculo de tal magnitude.

Outros centros de estudos econômicos também não se mostraram eufóricos. Michael Hüther, chefe do Instituto de Economia Alemã, lembra que a esperança econômica tem a mesma lógica que a vontade de que seu país ganhe a Copa: não pode ser muito elevada.

Os grandes bancos comerciais calcularam que a Copa – assim como os Jogos Olímpicos – tem uma repercussão mínima sobre a economia nacional do país-sede, algo em torno de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB).

A Câmara de Indústria e Comércio Alemã estima que os lucros aumentarão nesta Copa em torno de 0,33% do PIB. Contudo, alguns setores, como os fabricantes de televisores de tela plana, registrarão uma alta considerável no faturamento.

A marca de televisores Loewe teve um aumento nas vendas de 38% no primeiro trimestre, cerca de 88,7 milhões de euros, e para todo o ano espera um volume entre 340 e 350 milhões de euros.

O produtor de artigos esportivos Adidas também vai muito bem, diz o presidente da empresa, Herbert Hainer, que aumentou as projeções de vendas para mais de 1,2 bilhão de euros.

A concorrente Puma também fez previsões otimistas e confia no aumento das vendas em 35%, cerca de 2,4 bilhões de euros, para o ano de 2006, em boa parte graças aos artigos relacionados à Copa.

No turismo e na hotelaria também foram feitos cálculos exagerados. A Fifa teve que devolver por falta de demanda 5.000 dos 8.000 quartos de hotel que tinha reservado em Berlim para serem vendidos a um maior preço a visitantes, técnicos, jornalistas, entre outros.

As reservas de hotéis estão em cerca de 60% das vagas, pouco acima da média normal para a temporada de verão, mas o setor acredita que a Copa ainda vai gerar 5,5 milhões de pernoites adicionais.

O setor de publicidade também parece não ter sido beneficiado pelo evento. As associações de publicidade registram que nenhuma revista aumentou sua tiragem de maneira significativa por causa do Mundial.

Thomas Heilmann, diretor da agência Scholz & Friends, diz que a Copa do Mundo é um bom negócio para o setor, mas que não é nenhuma panacéia.

AGÊNCIA EFE
 
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