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Depois do mal-estar gerado na campanha presidencial de Anthony Garotinho (PSB) por ter chamado o pré-candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva, de "futuro presidente do Brasil", a deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP) afirmou na sexta-feira, dia 7, que está preparada para "assumir todas as conseqüências" de sua atitude, inclusive uma expulsão".
A deputada descartou uma retratação, conforme pediu na quinta-feira o deputado federal Alexandre Cardoso (PSB-RJ), destacado por Garotinho para falar sobre o assunto, e disse que um processo de expulsão terá conseqüências também para o PSB.
– Não vou me retratar. Aceito o que o partido entender. Mas não vai ser tão tranqüilo para a opinião pública uma expulsão, a cassação de minha candidatura – afirmou a deputada.
O PSB reúne-se neste sábado no Rio de Janeiro para sua convenção nacional, que irá oficializar a candidatura de Garotinho. Embora o episódio com Erundina possa provocar conflitos, a cúpula do partido deve evitar uma punição, com o objetivo de sair unida do encontro.
Segundo Erundina, ela já defendeu dentro do PSB posição favorável à união dos partidos de esquerda em torno de propostas e um nome comum, e disse que faria o mesmo se fosse Garotinho ou Ciro Gomes, pré-candidato do PPS, que tivesse entrado no plenário da Câmara. Erundina disse também que participa de um núcleo de deputados e lideranças políticas dos partidos de esquerda para compor uma aliança em torno de um único nome.
A deputada rechaçou a possibilidade de vir a ser vice na chapa presidencial de Lula e do próprio Garotinho, por achar que as "mulheres têm que sair desse papel coadjuvante na chapa de candidato homem para conquistar espaços".
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