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Impasse provoca cortes de luz em escola e semáforos de São Leopoldo

Os moradores de São Leopoldo, no Vale do Sinos, contabilizam prejuízos em decorrência de um impasse entre a prefeitura e a AES Sul por uma dívida de iluminação pública acumulada desde 1997. Segundo a companhia, a dívida chega a R$ 9,5 milhões, mas o prefeito, Waldir Schmidt (PMDB), contesta o número. Recentemente, houve cortes de energia na escola municipal Professora Maria Gusmão Britto e em semáforos localizados nos bairros Santos Dumont e Vicentina, ambos desligados. A AES Sul nega que os atos tenham sido uma retaliação à prefeitura. A empresa alega que não foram cumpridas exigências na ampliação da escola e na instalação dos semáforos, como a apresentação do projeto elétrico.

Nesta quarta-feira, 5 de junho, a Central de Defesa do Consumidor protocolou ações judiciais contra a AES Sul e a prefeitura a fim de resolver o impasse.

A prefeita em exercício de São Leopoldo e presidente da Câmara de Vereadores, Iara Cardoso (PMDB), afirma que a dívida com a AES Sul é discutida judicialmente e não reconhece os valores apresentados pela empresa. Iara argumenta que estas dívidas são acumuladas desde 1997, na administração passada, e são referentes à iluminação pública. Segundo ela, as demais contas, de prédios públicos, são pagas rigorosamente. No caso da iluminação pública, diz a prefeita em exercício, a responsabilidade é também do Estado e da União.

A AES Sul informou, em nota oficial, que o município ainda não apresentou projeto elétrico referente à ampliação da escola, imprescindível para que a distribuidora analise a viabilidade do fornecimento, sob pena de causar prejuízos à toda a população caso haja uma sobrecarga na rede. O líder da Unidade de São Leopoldo, Luis Marin, esclarece também que a posição da empresa não é de irredutibilidade, mas de responsabilidade. A obrigação da distribuidora é cumprir as normas regulamentares expedidas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que vinculam também os usuários do serviço, dentre os quais o município, embora este insista em descumpri-las. Na nota, a empresa ainda diz que responsabilidade da AES Sul pela manutenção da adequação técnica e de segurança da rede de distribuição de energia também está presente na questão das sinaleiras, cujos projetos elétricos completos ainda não teria sido apresentados.


 
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