| 29/05/2002 23h27min
O secretário-geral da Presidência argentino, Aníbal Fernández, informou nesta quarta-feira, 29, que o presidente Eduardo Duhalde aprovou um projeto do ministro de Economia, Roberto Lavagna, para acabar com o congelamento dos depósitos, o corralito. Segundo Fernández, o anúncio formal das novas medidas deve ocorrer até o próximo sábado.
Nesta quarta, o secretário-geral da Presidência também desmentiu boatos sobre uma suposta renúncia de Lavagna ao cargo. As informações são do jornal argentino La Nacion.
Durante toda esta quarta, milhares de trabalhadores e desempregados bloquearam ruas e rodovias da Argentina. A greve de 24 horas foi convocada pela Central de Trabalhadores (CTA) em protesto contra a política econômica e as exigências do Fundo Monetário Internacional (FMI) para restabelecer a ajuda financeira ao país. O sistema ferroviário e os vôos internacionais funcionaram com relativa normalidade. Cerca de 50% dos vôos domésticos foram cancelados ou reprogramados.
Em Buenos Aires, um forte aparato de segurança cercou a Casa Rosada, sede do governo, para proteger o presidente Eduardo Duhalde. O trânsito foi proibido nas imediações da Praça de Maio e tropas da Polícia Federal somaram-se ao efetivo do local.
O governo criticou a paralisação, dizendo que os grevistas querem o "caos'' no país, que atravessa a maior crise econômica, política e social da história. "Esta atividade está marcando uma rebelião nacional contra esta situação de fome, de entrega, de desemprego, que hoje vivem os argentinos " justificou Víctor de Gennaro, presidente da CTA.
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