| 16/05/2002 07h01min
A inauguração do escritório eleitoral do candidato do PSDB à Presidência, José Serra, proporcionou nessa quarta, dia 15, em Brasília o primeiro embate de rua da campanha de 2002. Serra foi vaiado e agredido verbalmente por uma centena de mata-mosquitos, que diziam representar cerca de 6 mil funcionários contratados sob regime temporário e afastados em 1998 pelo Ministério da Saúde.
No incidente, os manifestantes atiraram na direção de Serra um mosquito feito de isopor, que ficou preso no carro. Indiferente às vaias, o tucano preferiu atacar seus adversários diretos na disputa presidencial – Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Anthony Garotinho (PSB) e Ciro Gomes (PPS) –, nominando-os também pela primeira vez.
– No caso do Lula, o programa de televisão do PT é a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas o PT no Congresso vota contra e vai até o Supremo. Ciro Gomes é a favor de manter a inflação baixa e é contra as metas de inflação. Garotinho fala a favor da LRF, mas na prática propõe o contrário – disse Serra.
O candidato do PSB atribuiu o crescimento de Lula ao programa de TV do PT, que classificou de “excelente”. Mas não perdeu a oportunidade para fustigar o adversário petista.
– Lula foi muito bem dirigido – disse.
Cerca de 115 mata-mosquitos viajaram do Rio para Brasília em um ônibus alugado pelo Sindisprev, sindicato que reúne trabalhadores das áreas de saúde e previdenciária, segundo Isaac Loureiro, líder da manifestação. Eles aproveitaram a inauguração do escritório do PSDB para lançar um autodenominado comitê anti-Serra a ser integrado por mata-mosquitos” que prometem acompanhar o candidato tucano, durante a campanha, por todo o país.
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