Os petroleiros irão paralisar as atividades nesta quinta-feira, 2 de maio, em protesto pela redução da participação nos lucros da Petrobras. De acordo com o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Maurício França Rubem, a produção de combustíveis não será comprometida, mas os funcionários das plataformas devem reduzir em até 50% a produção de petróleo na Bacia de Campos, responsável por 80% do volume nacional. 

A categoria reclama que a estatal aumentou a distribuição de dividendos aos acionistas de R$ 2,5 bilhões, em 2000 para R$ 3,5 bilhões, sem ampliar, na mesma proporção, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR) dos empregados. Segundo o presidente da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Maurício França Rubem, em 2001, os trabalhadores ganharam 11% sobre os dividendos, e, este ano, a empresa propõe pagar apenas 6,6%.

Os funcionários da Refinaria Alberto Pasqualini (Refap) também farão uma paralisação de 24 horas, a partir da 0h. Segundo Sandra Maria Balbinot, diretora do departamento jurídico do Sindicato dos Petroleiros do Estado, a decisão foi tomada em assembléia na terça-feira. Dos 600 funcionários, 150 fazem rodízio de turnos. Portanto, cerca de 50 param da zero hora às 8h, e outros 480 paralisam das 8h às 24h.