Assim como fizeram depois das derrotas para São Paulo e América, os jogadores titulares do elenco palmeirense preferiram se calar no dia seguinte ao empate sem gols diante do Rosário Central, que afastou o Verdão da ponta do Grupo 7 da Libertadores da América. Os felizardos que vieram conversar com a imprensa foram o atacante Cláudio, que ficou no banco de reservas durante os 90 minutos, e Thiago Gomes, zagueiro que marcou um dos gols da vitória sobre a Portuguesa, mas que não está inscrito na competição continental.  

Os dois garotos bem que tentaram disfarçar o desconforto, mas ficou visível que a presença de ambos em frente a câmeras e microfones não fazia o menor sentido.  

– Não me sinto constrangido (em vir aqui), pois se não quisesse, também não teria vindo. Não estou falando pelos outros, pois não sou ninguém para falar por eles, mas não acho que tenham fugido da raia para não falar – apostou Cláudio.  

Segundo o novato atacante, o motivo da ausência de jogadores como Marcinho, Edmundo e Sérgio é um só:  

– Eles estão cansados e, com a chuva, acabaram nem treinando. O professor Leão dispensou todos e eu vim falar aqui numa boa.

O jogador não aceitou suposições sobre uma possível vergonha dos atletas que participaram do empate com o Rosário e deixaram o Palestra vaiados, e avisou que também fez parte do grupo que não obteve sucesso na quarta.  

– Aqui é uma família e não importa se participei ou não da partida. Eu estava lá e também sou culpado pelo que está acontecendo com o time.  

Outro novato, o zagueiro Thiago Gomes, mostrou discurso semelhante ao de Cláudio, mas deixou escapar que ficou surpreso por ter sido convocado pela assessoria à falar com a imprensa.  

– Não sei porque os outros não vieram. Eu vim porque fui chamado, mas não posso falar muito, pois não estava no jogo. Certo ou errado, eu estava devendo, por isso vim – declarou, interrompido abruptamente pela assessoria, que sugeriu a Thiago Gomes que falasse sobre o próximo jogo.