O governador de San Juan, Alfredo Avelín, iniciou um terremoto político em sua província ao convocar eleições antecipadas para 4 de agosto. Serão eleitos seu substituto, deputados e intendentes (prefeitos). O anúncio da medida causou forte impacto na província e poderá ter efeitos nacionais. Os partidos que apóiam o governador não se manifestaram oficialmente, mas a reação geral dos político é contrária à convocação de eleições agora.

A decisão foi tomada depois de duas semanas de graves conflitos populares e de intensos protestos de funcionários, que tornaram o governo de Avelín insustentável. O governador da província de La Pampa, Rubén Marín, rejeitou a idéia de antecipação de eleições nacionais, porque seria “submeter o país a um prejuízo maior”. Além disso, afirmou, é preciso deixar menos problemas ao próximo presidente que venha a ser eleito. Marín advertiu, porém, que o governo do presidente Eduardo Duhalde precisa definir “nesta semana” as regras do jogo econômico e a solução para o corralito (restrição aos saques bancários) para evitar “complicações maiores”.

O Banco Río, subsidiária argentina do Santander Central Hispano (SCH), tem dinheiro suficiente para continuar operando só por mais três meses, alertou ontem, dia 29, em Madri, Alfredo Sáenz, conselheiro delegado do grupo espanhol. Ele disse, ao apresentar os resultados do primeiro trimestre, que o SCH não injetará mais dinheiro na subsidiária argentina.

Os resultados do grupo espanhol aumentaram no trimestre apenas 0,34% ante os de igual período de 2001 – devido ao “aporte nulo” da filial argentina. A conselheira de Segurança da Casa Branca, Condoleezza Rice, disse ontem que a Argentina deve adotar as medidas exigidas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), como condição prévia a uma ajuda internacional.