Três pontos polêmicos na obra de duplicação do trecho Sul da BR-101, que liga Palhoça (SC) a Osório (RS), ficaram de fora do projeto de licitação, apresentado durante audiência pública promovida pelo Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (DNIT), em Brasília, nesta quarta-feira, 10 de abril. A equipe técnica optou por deixar de lado dessa licitação o Túnel do Morro dos Cavalos, a Travessia de Cabeçudas e o Túnel do Morro do Formigão, todos em solo catarinense. Para cada uma dessa obras está sendo feito um projeto em separado e, mais adiante, será lançado o edital de licitação. O gerente do Programa Corredor do Mercosul, Carlos La Selva, assegurou que a medida não atrasará os trabalhos.

O custo total da duplicação está orçado em US$ 1,1 bilhão. A previsão é de que a obra demore quatro anos para ficar pronta. A expectativa é de que os trabalhos comecem em janeiro do ano que vem. Antes, é preciso o lançamento do edital – o que deve ocorrer em 9 de maio, segundo o DNIT. A partir daí, as empresas interessadas terão 90 dias para serem pré-qualificadas e mais 90 dias para a apresentação das propostas de preço. Depois disso, há o prazo da avaliação das propostas pelo governo, e ainda o risco de enfrentamento de alguma ação judicial por parte das empresas.

O presidente da Associação Nacional das Empresas de Obras Rodoviárias (Aneor), José Alberto Pereira Ribeiro, acredita que cerca de cem empreiteiras vão disputar a concorrência para a duplicação do trecho Sul. O edital dividiu a obra total em 13 lotes, e permitirá consórcios de até três empresas.