O ex-senador Jader Barbalho (PMDB-PA) obteve na Justiça permissão para desbloquear movimentações bancárias nos bancos Sudameris, da Amazônia, do Brasil, Bradesco e HSBC. Jader também obteve autorização para administrar os bens que estão seqüestrados por ordem da 2ª Vara da Justiça Federal de Tocantins, mas terá de prestar contas ao juiz dessa vara. A frequência dessa prestação de contas ainda será definida pelo magistrado.

Em fevereiro último, a juíza substituta da 2ª Vara da Justiça Federal no Tocantins, Ednamar Silva Ramos, ordenara o bloqueio de bens móveis e imóveis, no valor de R$ 12,7 milhões, de Jader e outros nove acusados de fraudar a extinta Sudam. No dia 5, o juiz Plauto Ribeiro, do Tribunal Regional Federal (TRF) da 1ª Região, em Brasília, suspendeu parcialmente a decisão da primeira instância, atendendo a pedido formulado pelo advogado de Jader, Eduardo Alckmin, em mandado de segurança.

Os bens imóveis do ex-senador somam R$ 1,65 milhão e incluem duas fazendas. Os bens móveis estão estimados em R$ 997 mil, incluindo as participações acionárias na Rede Brasil Amazônia, no jornal Diário do Pará, na gráfica Bauru e em três emissoras de rádio. O Ministério Público Federal aponta Jader como responsável pelo desvio de R$ 14 milhões. Esse seria o percentual fixo atribuído ao comando da operação (10% do valor dos projetos), segundo os procuradores.