| 09/04/2002 08h05min
A alta do petróleo, provocada pelos conflitos no Oriente Médio, fez as projeções de inflação para este ano, colhidas em pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC), aumentarem de 5,04% para 5,26%. O percentual supera a meta de 4,5% fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em sua penúltima reunião e também está próximo do teto de 5,5% do sistema de metas. O levantamento ouviu 70 instituições financeiras e empresas de consultoria.
A média das estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em março e abril subiu, no mesmo levantamento, de 0,42% para 0,45% e de 0,44% para 0,60%, respectivamente. As previsões para a taxa Selic ao final de 2002 continuaram em 16,5% ao ano, apenas dois pontos percentuais abaixo dos atuais 18,5%. As estimativas para a taxa de câmbio no final do ano também não foram alteradas e ficaram estáveis em R$ 2,58. A mesma estabilidade foi observada nas projeções para a taxa de crescimento neste exercício, que permaneceram nos mesmos 2,42% da pesquisa anterior, feita entre 25 e 28 de março.
A boa notícia veio com a elevação das estimativas de mercado para os investimentos diretos estrangeiros, neste ano, de US$ 17 bilhões para US$ 17,2 bilhões. O número, apesar de maior, ainda está abaixo da estimativa oficial de investimentos diretos de US$ 18 bilhões. O mercado também elevou suas previsões de superávit primário do setor público para 2003, de 3% para 3,15% do Produto Interno Bruto (PIB), percentual ainda inferior que os 3,5% desejados pelo governo.
A crise em torno da votação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) não alterou, as expectativas das instituições ouvidas pelo BC, de que o superávit primário deste ano ficará nos 3,5% projetados pelo governo.
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