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As tropas israelenses lançaram na noite desta segunda-feira, 8 de abril, uma incursão contra outra área autônoma palestina – a cidade de Rafah, no sul da faixa de Gaza. Os tanques entraram cerca de 250 metros na região e abriram fogo, e os soldados começaram a revistar as casas, uma a uma.
Desde o começo da operação "Muro Protetor", no dia 29 de março, as tropas israelenses haviam concentrado sua atenção nas cidades palestinas da Cisjordânia.
A nova incursão ocorre ao mesmo tempo em que o Exército deixa duas cidades da Cisjordânia, Qalkilya e Tulkarem. A retirada simbólica, para reduzir a pressão dos Estados Unidos, foi anunciada nesta segunda pela rede de televisão estatal israelense Canal 1, horas depois de o primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, afirmar que ofensiva na Cisjordânia continuaria até que os militantes palestinos sejam esmagados, num claro desafio ao presidente americano, George W. Bush, que voltou a cobrar a saída imediata dos territórios palestinos.
Ramallah, sede da Autoridade Nacional Palestina (ANP), e Belém, onde cerca de 200 combatentes palestinos estão entrincheirados na Igreja da Natividade, continuarão ocupadas.
Em mensagem urgente enviada a Sharon, Bush teria pedido nesta segunda, além da retirada "sem demora", a libertação do presidente da ANP, Yasser Arafat, que está cercado pelo exército israelense desde o dia 29 de março.
As pressões de Bush têm o objetivo de dar fôlego à missão de seus enviados ao Oriente Médio – além de negociador Anthony Zinni, que nesta segunda conversou com Sharon, o secretário de Estado americano, Colin Powell, desembarcou no Marrocos, dando início a uma missão diplomática destinada a conseguir um cessar-fogo entre israelenses e palestinos. Esperado em Israel na próxima quinta-feira, Powell disse que Bush quer ver ação imediata por parte de Sharon.
O papa João Paulo II voltou a manifestar preocupação com a crise no Oriente Médio, e o Vaticano pediu respeito aos lugares santos, em referência à Igreja da Natividade.
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