Os advogados da ex-governadora do Maranhão e pré-candidata do PFL à Presidência da República, Roseana Sarney, adiaram a entrega ao Supremo Tribunal Federal (STF) da lista dos doadores do R$ 1,34 milhão. O dinheiro foi encontrado no dia 1º de março pela Polícia Federal na empresa Lunus, de propriedade de Rosena e de seu marido, o empresário Jorge Murad.

A entrega estava prevista para a tarde desta segunda-feira, dia 8. Em nota, o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro diz que o fato de a Polícia Federal ter intimado Roseana e seu marido para prestarem depoimento no inquérito que apura desvio de verbas da extinda Superintendência para o Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) provocou sua volta a São Luís. Por causa disso, ele teve que adiar a entrega do documento.

Na época da descoberta do dinheiro, várias versões foram apontadas para explicar sua origem. Murad disse que quantia havia sido arrecada para a campanha de Roseana, que ainda era governadora do Maranhão. No entanto, de acordo com a legislação eleitoral, a arrecadação dos recursos para financiar a campanha foi irregular, pois o calendário eleitoral prevê que as doações devem ocorrer apenas depois da escolha dos candidatos nas prévias partidárias e do registro na Justiça Eleitoral, o que ocorre em junho.