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Com a escolha do presidente de Itaipu Binacional, Euclides Scalco, para ocupar a secretaria-geral da Presidência, o presidente Fernando Henrique Cardoso deu início à reforma ministerial. A posse da nova equipe está marcada para esta quarta-feira, dia 3. Scalco deixa a presidência de Itaipu, sob seu comando há seis anos e meio, e assume a nova função amanhã, juntamente com outros ministros, grande parte deles secretários-executivos que passam a assumir a função do antigo chefe.
– A maioria do ministério não mudará – disse o porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, salientando que o critério fundamental sempre foi a competência.
Até essa segunda, dia 1º, a única mudança confirmada oficialmente era a de Scalco. Os ministros da Educação, Paulo Renato Souza, e da Agricultura, Pratini de Moraes, confirmaram a permanência em seus postos. O ministro do Trabalho, Francisco Dornelles (PPB), indicou seu secretário-executivo, Paulo Jobim, para substituí-lo. Seus colegas do Desenvolvimento Agrário, Raul Jungman, e da Integração Nacional, Ney Suassuna, cotados para concorrer, poderão fazer o mesmo. Tudo depende ainda de conversas com o presidente.
A única saída que não tem nada a ver com a eleição é a do ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Martus Tavares. Ele trocará Brasília por Washington para representar o Brasil no Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). E deixa o secretário-executivo Guilherme Dias em seu lugar. Outros dois ministros serão efetivados nas pastas: o da Previdência, José Cecchin, e o do Esporte, Caio de Carvalho. No início da noite, o porta-voz do Planalto afirmou que as escolhas dos ministros sempre foram feitas com base em sua capacidade de trabalho e tendo em vista o melhor desempenho à frente das respectivas pastas.
Diante disso, acrescentou que “não há ressalvas por parte do presidente a qualquer dos partidos que compuseram a base de sustentação do governo”. A declaração do porta-voz serviu para reforçar a tese da escolha do secretário-executivo Luiz Gonzaga Leite Perazzo, para comandar o ministério das Minas e Energia. Perazzo foi uma indicação do ex-ministro José Jorge, do PFL, que deixou o posto quando seu partido decidiu romper com o governo há quase um mês. O ministro das Comunicações, Pimenta da Veiga, indicou o seu secretário-executivo, Juarez Quadros, para substituí-lo.
Nos Transportes, há um cabo-de-guerra entre tucanos e peemedebistas. O PSDB quer manter Alderico Lima, mas o PMDB pretende nomear o deputado federal João Henrique (PI). A substituição mais difícil é a da Justiça. O presidente queria ver o deputado Aloysio Nunes Ferreira substituído pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Mário da Silva Velloso, ex-presidente da Corte. Velloso entra na aposentadoria compulsória em 2006, ao completar 70 anos. Outros nomes cotados são o do jurista Miguel Reale Júnior, o da secretária nacional de Justiça, Elisabeth Sussekind, e o secretário-executivo do ministério, Bonifácio Andrada.
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