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Ex-aliado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o prefeito do município mineiro de Buritis, padre José Vicente Damasceno (PPS), disse nessa terça-feira, dia 26, que o grupo se desviou do objetivo de buscar o avanço da reforma agrária.
– Eles (os integrantes do MST) têm objetivo meramente eleitoreiro – diz Damasceno.
Damasceno rompeu com o movimento a partir de janeiro, quando os sem-terra ocuparam a prefeitura entre os dias 10 e 18. Ontem, pediu à Polícia Federal (PF) proteção policial. Disse que a secretária de Educação do município ouviu de integrantes do MST a ameaça de que em 60 dias o prefeito estaria “morto ou aleijado”.
O prefeito afirmou que “a presença do MST no município constrange o ir-e-vir das pessoas, acaba com a rotina das famílias e prejudica o movimento do comércio, das escolas e do serviço público”. Ele contou que quando o MST ocupou a prefeitura foram roubadas máquinas de escrever, utensílios domésticos, material de limpeza e placas de computadores. A partir da chegada do MST à região, o prefeito disse que houve aumento de assaltos a residências.
O padre relatou ainda que, na sexta-feira, dia 22, um dia antes da invasão da fazenda Córrego da Ponte, o contingente da Polícia Militar de Minas foi deslocado para Unaí, deixando o caminho livre para que os sem-terra entrassem na propriedade da família do presidente Fernando Henrique Cardoso. Na sua opinião, a polícia obedeceu uma articulação do governador de Minas, Itamar Franco (PMDB).
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