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Os Estados Unidos intensificaram nesta segunda-feira, dia 25, as pressões sobre o governo de Israel para que suspenda as restrições ao deslocamento de Yasser Arafat, permitindo a participação do líder palestino na reunião de cúpula da Liga Árabe, no Líbano.
O encontro começa nesta terça-feira, dia 26, e vai até quinta-feira, dia 28. Arafat está proibido de sair dos territórios palestinos desde dezembro, como parte de uma estratégia israelense a fim de pressioná-lo a conter a ação de grupos extremistas palestinos.
Nesta segunda, os EUA pediram ao primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, que "considere seriamente" a suspensão das restrições. O argumento americano, segundo fontes do governo israelense, é que "a participação de Arafat no encontro será menos prejudicial do que se ele for impedido de viajar". Esta seria a primeira visita do líder palestino a Beirute desde 1982, quando Arafat fugiu do Líbano, que acabava de ser invadido por Israel.
Israel diz que só permitirá a viagem de Arafat a Beirute se antes ele aceitar o cessar-fogo negociado pelo enviado americano à região, general Anthony Zinni. Autoridades palestinas, por sua vez, afirmam que Arafat prefere deixar de ir à cúpula a aceitar exigências israelenses "abusivas".
Estas autoridades afirmaram também que o líder palestino não viajará a Beirute até receber garantias americanas de que voltará aos territórios autônomos. Sharon havia advertido que, se permitir o deslocamento de Arafat, não lhe deixaria voltar aos territórios palestinos, caso ocorram novos atentados contra Israel durante sua ausência.
A pressão americana pró-viagem de Arafat faz parte da estratégia dos EUA para agradar aos países árabes e assim conseguir apoio deles a um eventual ataque ao Iraque.
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